ARTIGO: Maio Laranja – O grito que a sociedade insiste em ignorar

Renata Abreu, presidente nacional de São Paulo e deputada federal eleita por São Paulo

O Brasil vive uma tragédia silenciosa que precisa ser encarada com urgência. Três crianças são abusadas sexualmente por hora em nosso país. Mais da metade dessas vítimas tem entre 1 e 5 anos. E a cada ano, 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente — e apenas 7,5% desses casos chegam às autoridades.

Os números são alarmantes. Mas a verdade é ainda mais cruel: o que está oculto é muito maior do que aquilo que aparece nas estatísticas. Como mãe, deputada federal, cidadã e, principalmente, como ser humano, me recuso a normalizar essa realidade.  A violência sexual contra crianças e adolescentes não é exceção, não é caso isolado. É uma epidemia que acontece onde deveria haver proteção: dentro de casa, em escolas, em espaços religiosos, em qualquer lugar onde a confiança da criança é traída por quem deveria cuidar dela.

Essa violência não grita. Silencia. Porque o agressor, muitas vezes, é alguém próximo. Um parente. Um vizinho. Um “amigo da família”. E é por isso que a criança não foge, não denuncia. Ela não entende a violência que estão lhe fazendo, ou tem medo. Medo de não ser acreditada. Medo de ser culpada. Medo de continuar sozinha. Como sociedade, temos a obrigação de romper esse silêncio. A omissão não é neutra — ela protege o agressor. Por isso, lutei e sigo lutando pela aprovação do nosso Projeto de Lei 113/2019, que torna hediondos todos os crimes dolosos contra crianças quando há violência ou grave ameaça. Um crime hediondo que o Estado e a sociedade reconhecem como monstruoso. Que não pode ser perdoado. Que deve ser punido com a máxima severidade.

Precisamos mudar essa realidade. Pressionar o Congresso, mobilizar as escolas, preparar os profissionais da Saúde, envolver as famílias. Precisamos, acima de tudo, falar sobre o que muitos preferem fingir que não existe.

Não esquecer de Araceli Cabrera Sánchez Crespo. Ela tinha apenas 8 anos quando foi sequestrada, drogada, violentada e brutalmente assassinada no Espírito Santo, em 1973. O caso chocou o país não só pela crueldade, mas pela impunidade. Os suspeitos eram jovens de classe alta, protegidos por famílias influentes. Apesar das provas, ninguém foi condenado. A Justiça falhou. A sociedade silenciou. E Araceli virou símbolo de uma infância que o Brasil deixou morrer.

Desde então, o 18 de maio — data do desaparecimento da menina — se tornou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. É um lembrete amargo do que acontece quando não agimos. Quando fechamos os olhos. Quando aceitamos o inaceitável.

Neste Maio Laranja, não podemos aceitar mais nenhuma Araceli. Nenhuma infância destruída. Nenhum silêncio que encobre um grito de socorro.

Porque criança não consente. Criança confia. E nós temos o dever de proteger essa confiança — com leis, com atitude, com coragem.

Foto: Robert Alves – Monumental Foto

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