O deputado Mauricio Marcon (RS) defendeu nesta terça-feira o fim do desconto compulsório por sindicatos, em especial para trabalhadores que não pediram para ser associados. “Nós estamos terminando com o absurdo que é ver filas e filas intermináveis em frente ao sindicato para fazer a negativa do desconto sindical”, afirmou ele, durante o debate e votação do Projeto de Lei 1663/2023, que trata da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“Em 2025, ter de ir a um sindicato em horário de trabalho preencher uma folha e ser humilhado para dizer que não quer que o dinheiro seja descontado, esse tempo precisa terminar”, declarou o parlamentar do Podemos.
Ao defender o fim do desconto, ele lembrou que o Brasil é uma democracia e que “ninguém pode ser obrigado a ter desconto na sua folha salarial, que é sagrada, sem que autorize. Nós estamos votando neste momento, brasileiro, que você, celetista, possa negar esse desconto de forma on-line, através do seu celular, que os sindicatos não tenham mais a prerrogativa de colocar a mão no seu bolso sem que você autorize”.
Marcon citou que, em sua cidade natal, terra metal-mecânica, existe um sindicato com mais de 50 mil filiados, sendo que nem 1% dos sindicalizados gostaria de ser. “O trabalhador está cansado de ser extorquido de forma compulsória e ser humilhado na hora de fazer a recusa”, completou.
Foto: Kayo Magalhães – Agência Câmara