A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, na noite de segunda-feira (1º), por unanimidade, o pedido de prisão preventiva de investigados citados na Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em abril deste ano. O requerimento, apresentado pelo relator Alfredo Gaspar (União-AL), obteve 26 votos favoráveis e nenhum contrário. O pedido foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal e à Polícia Federal, dependendo de decisão judicial para efetivar as prisões
A terceira reunião da CPMI contou com a presença do advogado Eli Cohen, responsável por informar as autoridades sobre as primeiras fraudes do INSS. Para o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (MG), o depoimento do advogado foi “exato e preciso”. Cohen detalhou como funcionava o esquema de fraudes, além de relatar ameaças sofridas desde que começou a colaborar com as investigações. Para Viana, a clareza das informações apresentadas reforça a seriedade dos trabalhos da comissão e amplia o peso da decisão de avançar contra os responsáveis.
“Esse depoimento mostra que estamos no caminho certo e que a CPMI não será um espaço de proteção, mas de justiça. Avalio como exata e precisa a contribuição do advogado Eli Cohen, e isso dá ainda mais consistência ao que estamos apurando”, afirmou o senador.
A comissão, instalada em agosto, tem prazo inicial de 180 dias para concluir as investigações e já sinalizou que novas convocações e medidas judiciais devem ocorrer nas próximas semanas. A expectativa é de que a CPMI entregue um relatório final robusto, capaz de apontar os responsáveis pelas fraudes e propor medidas de proteção aos beneficiários do INSS.
Foto: Rafael Otero – Liderança do Podemos Senado

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